segunda-feira, 14 de maio de 2012


Posso concluir que após todo o processo de aquisição de conhecimento durante os quatro módulos deste curso de Práticas de Leitura e Escrita na Contemporaneidade, tive minhas expectativas superadas. Mesmo sendo um usuário do ambiente virtual, pude aprimorar meu conhecimento e compartilhar experiências com meus amigos cursistas. Estou muito satisfeito com o trabalho desenvolvido por minha Tutora Katty Rasga, que se mostrou uma fantástica mediadora e sempre esteve presente nos momentos de dúvida. Outra pessoa que merece meu agradecimento é a Líder de nosso grupo, Suzy Elaine, que nos ajudou a confeccionar o blog se mostrando super prestativa. Confesso que no início do curso acreditava que seria maçante por se tratar de um conteúdo vinculado a leitura, o qual sempre exige algumas horas de leitura e interpretação, porém me surpreendi. Tanto os assuntos tratados como a metodologia utilizada foram fascinantes, ao ponto de sermos capazes de produzir um blog, algo que nunca me encantara.
Produzir textos no ambiente digital foi algo inovador e desafiador porque se trata de um espaço em que o mundo todo tem acesso. Tamanha responsabilidade fez com que eu me dedicasse às leituras e a prática da escrita. 
Em suma, quero mais uma vez agradecer a oportunidade de participar desta capacitação, parabenizar todos cursistas da Turma 70, pelo trabalho e dedicação. 

DANILO CESAR DE MATOS LOPES

terça-feira, 1 de maio de 2012

Franca, 25 de Abril de 2012.
29° Distrito Policial de Franca
Interrogatório: HOMÍCIDIO
Investigador: (ordenando papeis e fotos) Sr. Danilo, o senhor disse em seu depoimento que é solteiro, reside neste mesmo endereço à cerca de vinte e cinco anos e que desconhece a vítima encontrada em sua porta, não é mesmo?
(Testemunha e Suspeito) Danilo: (assustado) Sim, isso mesmo! Não o conheço.
Investigador: Entendi, neste dia, o senhor afirma que manteve sua rotina matinal, acordou, realizou suas higienes pessoais ouviu a campainha e desceu para verificar que era?
(Testemunha e Suspeito) Danilo: Foi exatamente o que aconteceu, inclusive achei estranho porque ainda era muito cedo, e aos domingos não costumo receber visitas, imaginei que fosse algum “pregador” que estivesse tentando me levar para igreja, o senhor sabe né?! (deboche)
Investigador: Sim, eu sei. Mas o senhor afirma que não ouvi nenhum barulho diferente antes da campainha tocar?
(Testemunha e Suspeito) Danilo: É como eu disse, eu estava dormindo, não ouvi nada!
Investigador: Conte-me novamente o que aconteceu quando o senhor abriu a porta.
(Testemunha e Suspeito) Danilo: Bom, foi como eu disse para o escrevente, eu ouvi o som da campainha, e foi até a porta e a abri.
Investigador: Mas o senhor não perguntou quem era?
(Testemunha e Suspeito) Danilo: Não, eu ainda estava sonolento, pensei que seria algum pregador com eu já te disse, e nunca imaginei que pudesse haver um cadáver em minha porta!
Investigador: E o que o senhor viu ao abrir a porta?
(Testemunha e Suspeito) Danilo: Eu avistei o uma pessoa caída de bruços no chão em frente minha porta.
Investigador: Qual foi sua reação?
(Testemunha e Suspeito) Danilo: Olhei para os lados e não vi ninguém. Pensei que fosse algum bêbado, então tentei acorda-lo, chamei, o balancei com meu pé, mas ele não demonstrava nenhuma reação.
Investigador: E o que o senhor fez em seguida?
(Testemunha e Suspeito) Danilo: Foi ai que eu me abaixei e fui verificar se ele tinha pulso, nesse momento, eu verifiquei que havia sangue em sua barriga, e não respirava e seu pulso estava muito fraco. Como não havia ninguém por perto, voltei para minha casa e liguei para a polícia.
Investigador: Muito bem senhor, agradeço por sua colaboração, e peço para que não saia da cidade e que mantenha seus telefones ligados caso precisarmos entrar com contato.
(Testemunha e Suspeito) Danilo: Mas eu não fiz nada, o homem apareceu morto em frente minha casa.
Investigador: Eu entendo, e não estamos o acusando de nada, porém o senhor é nossa única testemunha até o momento, e sua ajuda nos será muito útil. Por esse motivo, peço que espere tudo se esclarecer caso o senhor necessite sair da cidade.
(Testemunha e Suspeito) Danilo: Fazer o que né, bom o senhor tem meu contato, caso necessite, estarei a disposição. Tenha um bom dia.
Investigador: Um bom dia para o senhor também, senhor Danilo.

segunda-feira, 30 de abril de 2012


Aos três dias do mês de outubro de dois mil e onze, às dezenove horas e trinta minutos em uma das dependências do 52º Distrito Policial de Vila Matilde – São Paulo – SP - compareceu, na presença do Srº José Américo - delegado titular -, a declarante, Susy Elaine de Oliveira Bezerra,residente à rua Dos Prados, 32 – São Paulo- capital, para prestar esclarecimentos.



Interrogatório:

- Delegado: - Srª, o que aconteceu exatamente essa manhã?
-Susy:
- Acordei por volta das oito horas da manhã. 

-Delegado :-A Srª costuma acordar nesse horário ou aconteceu algo que a tirou da rotina?

-Susy:- Não é meu costume acordar tão tarde, mas como é domingo resolvi ficar mais um pouco na cama.

-Delegado :- E depois o que aconteceu?

-Susy: - Após me levantar, fui ao banheiro, escovei os dentes, lavei o rosto apressadamente, pois ouvi o som da campainha.

-Delegado:- A Srª demorou para abrir a porta?

-Susy:- Demorei para destrancá-la, pois não encontrei a chave pendurada atrás da porta, local em que costumo deixá-la;

-Delegado: - Onde estavam as chaves?

-Susy: -  Encontrei as chaves jogadas no chão próximo ao tapete vermelho da sala;

- Delegado: - O que aconteceu em seguida?

-Susy: -  Abri a porta e vi um homem caído na soleira, corri o olhar em torno e  constatei que não havia ninguém no corredor que dá acesso ao portão da frente de minha casa.

-Delegado:  -O homem já estava morto?

-Susy: -Só notei que já estava morto quando toquei o homem com os dedos e percebi que o corpo estava frio e rígido.

-Delegado: - O que a Srª fez ?

-Susy:- Corri para o telefone e disquei o número central da polícia.

-Delegado:  A srª sabe declarar quem deixou um homem morto em frente a porta de sua casa?

-Susy: - Não sei declarar quem deixou o homem morto em frente a porta de minha casa e nem o motivo que levou alguém a tal atitude.

-Delegado: -A Srª tem alguma suspeita sobre quem é o assassino?

 -Susy:-Não sei declarar quem é o assassino;

-Delegado: - A Srª conhecia a vítima.

-Susy: -Nunca vi aquele homem antes.

-Delegado: - A que horas a Srª  chegou em casa no dia anterior?

-Susy: - Não sei precisar a hora, pois fiquei bebendo em um bar próximo de  casa, com as amigas.  Talvez esse seja justamente o motivo de não ter colocado as chaves no local de sempre.

-Delegado: A Srª quer declarar mais alguma coisa?

-Susy: Não tenho mais nada a declarar.

POSTADO POR SUSY

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Na sala estávamos eu, Willian, e o investigador Magnus.
Magnus: o que fazia no corredor tão cedo?
Willian: Voltava de meu  plantão.
Magnus: Por que passou por ali, já que mora no andar de baixo?
Willian: Porque minha namorada mora naquele andar e é costume  passar no seu apartamento,  sempre que volto do trabalho.
Magnus: Pelo que sei, vocês estavam brigados.
Willian: Sim, mas se o Sr verificar, na minha maleta há um anel de noivado, que comprei para fazer uma surpresa para ela.Queria acordá-la com um romântico café da manhã acompanhado do pedido de casamento.
Magnus: Como consegue se manter tão frio perante uma situação dessas?
Willian: Investigador Magnus, sou médico! Tenho de ser prático. Não posso deixar minhas emoções me dominarem, pois se assim, o fizer, não conseguirei exercer minha profissão.
Magnus: Willian, você tem noção no seu envolvimento nesse caso?
Willian: Envolvimento? Eu ?  Por que me diz isso?
Magnus: Por que você estava sozinho num andar de prédio que não é seu; estava brigado com sua namorada e essa conversa de noivado é duvidosa; não tem ninguém que possa endossar sua conversa;é frio como pedra...Quer mais?
Willian: O que o Sr está querendo afirmar? Que eu matei o homem?
Magnus: Por que não? Você poderia ,muito bem, tê-lo flagrado na saindo do apartamento de sua namorada, esperado-o um pouco mais a frente, a espreita de que quando sua namorada fechasse a porta poderia matá-lo....
Willian:Você está louco!!!! Eu jamais faria isso. Primeiro porque se desconfiasse da minha namorada, teria contratado um detetive ou coisa parecida, se soubesse que ela  me traira depois disso, eu a abandonaria, não mataria seu amante, pois com certeza, ela não merecia estar comigo.
Magnus: Você é homem. Todo homem odeia ser traído.Você não seria exceção. Tão bonzinho,assim...Você não teria reação?
Willian: Claro que não! Não sou bonzinho! Mas, não sou louco a ponto de cometer um crime, sabendo de todas as consequências que iriam cair sobre mim.
Magnus percebendo a reação de Willian, percebeu, em seu 30 anos de investigador, que ele estava falando a verdade.
Magnus: Está bem, Willian, por enquanto você está dispensado. Mas fique por perto, caso seja necessária sua presença novamente nessa delegacia.
                                                                                                    Lúcia Penha de O. Kulkas

quarta-feira, 25 de abril de 2012

TRADUZIR-SE


Uma parte de mim
é todo mundo:
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.

uma parte de mim
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.

Uma parte de mim
pesa, pondera:
outra parte
delira.

Uma parte de mim
é permanente:
outra parte
se sabe de repente.

Uma parte de mim
é só vertigem:
outra parte,
linguagem.

Traduzir-se uma parte
na outra parte
- que é uma questão
de vida ou morte -
será arte?
Ferreira Gullar

Depoimento de leitura e escrita

Ao contrário de muitos não consigo me lembrar de como comecei a ler, somente que foi através da cartilha Caminho Suave. Quando pequena falava muito errado e consequentemente lia e escrevia errado, portanto acho que sentia um pouco envergonhada da minha leitura. Cresci em um ambiente muito pobre em leitura, não me lembro de ter livros em casa. Minha mãe era analfabeta, meu pai lia muito pouco e os meus irmãos o necessário. Na escola procurava ler o que era proposto pelos professores, na fase adulta gostei de ler alguns livros de Sidney Sheldon, Agatha Christie, achava as histórias interessantes.
Iniciei o magistério na pré-escola, portanto ler histórias para crianças era o meu cotidiano, achava que isto bastava. Com o tempo percebi que quando era necessário escrever um relatório ou uma produção de escrita como esta me faltava repertório para conectar as ideias, isto porque lia muito pouco. Hoje gosto de ler livros, jornais, revistas, enfim textos que me auxiliem na formação docente, bem como propiciem o conhecimento de novos saberes, novos mundos e principalmente, incentivem os meus alunos e meus filhos a se tornarem leitores críticos e criativos.
 
" Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,

mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo.

E que posso evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver,

apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um não. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo..."

Fernando Pessoa.